sábado, 12 de março de 2011

Atividades de literatura para sala de aula

Atividades para a aula de literatura infanto-juvenil
Atividade 1


a- Assistir o video Entrelinhas - Monteiro Lobato
http://www.youtube.com/watch?v=XVnrSfjIXQo

Entrelinhas é sempre uma caixinha de surpresas né?Mas esse, foi extraordinário! Incrível tudo quanto pudemos aprender sobre Monteiro Lobato, que não só foi o maior escritor da nossa literatura brasileira, como foi o vidente da campanha eleitoral americana de 2008/2009


b- Momento de debate e comentários pelos alunos
c- Dividir a turma em 4 grupos
d- Distribuir fragmentos do livro Emilia no Pais da Gramática
e - Distribuir tarefas que deverão ser realizadas pelos grupos.
Exemplo de produção http://www.youtube.com/watch?v=4wHoqeqqBIg


Texto 1 - Grupo 1
A partir do fragmento retirado do livro “Emilia no pais da Gramática de Monteiro Lobato, converse com o seu grupo e faça uma analise do texto e de forma criativa use a história para planejar uma aula para as séries iniciais do ensino fundamental. Planejamento 30 min

Apresentação 15 min

Dona Benta, com aquela paciência de santa, estava ensinando gramática a Pedrinho. No começo Pedrinho rezingou.

— Maçada, vovó. Basta que eu tenha de lidar com essa caceteação lá na escola. As férias que venho passar aqui são só para brinquedo. Não, não e não. . .

— Mas, meu filho, se você apenas recordar com sua avó o que anda aprendendo na escola, isso valerá muito para você mesmo, quando as aulas se reabrirem. Um bocadinho só, vamos! Meia hora por dia. Sobram ainda vinte e três horas e meia para os famosos brinquedos.

Pedrinho fez bico, mas afinal cedeu; e todos os dias vinha sentar-se diante de Dona Benta, de pernas cruzadas como um oriental, para ouvir explicações de gramática.

— Ah, assim, sim! — dizia ele. — Se meu professor ensinasse como a senhora, a tal gramática até virava brincadeira.

Mas o homem obriga a gente a decorar uma porção de definições que ninguém entende. Ditongos, fonemas, gerúndios. . .

Emília habituou-se a vir assistir às lições, e ali ficava a piscar, distraída, como quem anda com uma grande idéia na cabeça.

É que realmente andava com uma grande idéia na cabeça.

— Pedrinho — disse ela um dia depois de terminada a lição —, por que, em vez de estarmos aqui a ouvir falar de gramática, não havemos de ir passear no País da Gramática?

O menino ficou tonto com a proposta.

— Que lembrança, Emília! Esse país não existe, nem nunca existiu. Gramática é um livro.

— Existe, sim. O rinoceronte, que é um sabidão, contou-me que existe. Podemos ir todos, montados nele. Topa?

Perguntar a Pedrinho se queria meter-se em nova aventura era o mesmo que perguntar a macaco se quer banana. Pedrinho aprovou a idéia com palmas e pinotes de alegria, e saiu correndo para convidar Narizinho e o Visconde de Sabugosa. Narizinho também bateu palmas — e se não deu pinotes foi porque estava na cozinha, de peneira ao colo, ajudando Tia Nastácia a escolher feijão.

— E onde fica esse país? — perguntou ela.

— Isso é lá com o rinoceronte — respondeu o menino. — Pelo que diz a Emília, esse paquiderme é um grandessíssimo gramático.

— Com aquele cascão todo?

— É exatamente o cascão gramatical — asneirou Emília, que vinha entrando com o Visconde.

Os meninos fizeram todas as combinações necessárias, e no dia marcado partiram muito cedo, a cavalo no rinoceronte, o qual trotava um trote mais duro que a sua casca. Trotou, trotou e, depois de muito trotar, deu com eles numa região onde o ar chiava de modo estranho.

— Que zumbido será esse? — indagou a menina. —

Parece que andam voando por aqui milhões de vespas invisíveis.

— É que já entramos em terras do País da Gramática

— explicou o rinoceronte. — Estes zumbidos são os sons orais, que voam soltos no espaço.

— Não comece a falar difícil que nós ficamos na mesma — observou Emília. — Sons Orais, que pedantismo é esse?

— Som Oral quer dizer som produzido pela boca, A, E, I, O, U são Sons Orais, como dizem os senhores gramáticos,

— Pois diga logo que são letras! — gritou Emília.

— Mas não são letras! — protestou o rinoceronte. — Quando você diz A ou O, você está produzindo um som, não está escrevendo uma letra. Letras são sinaizinhos que os homens usam para representar esses sons. Primeiro há os Sons Orais; depois é que aparecem as letras, para marcar esses Sons Orais. Entendeu?

O ar continuava num zunzum cada vez maior. Os meninos pararam, muito atentos, a ouvir.

— Estou percebendo muitos sons que conheço — disse Pedrinho, com a mão em concha ao ouvido.

— Todos os sons que andam zumbindo por aqui são velhos conhecidos seus, Pedrinho.

— Querem ver que é o tal alfabeto? — lembrou Narizinho. — E é mesmo!. . . Estou distinguindo todas as letras do alfabeto. . .

— Não, menina; você está apenas distinguindo todos os sons das letras do alfabeto — corrigiu o rinoceronte com uma pachorra igual à de Dona Benta. — Se você escrever cada um desses sons, então, sim; então surgem as letras do alfabeto.

— Que engraçado! — exclamou Pedrinho, sempre de mão em concha ao ouvido. — Estou também distinguindo todas as letras do

Grupo 2 A partir do fragmento retirado do livro “Emilia no País da Gramática de Monteiro Lobato, converse com o seu grupo e faça uma analise do texto e de forma criativa use a história para planejar uma aula para as séries finais do ensino fundamental com o tema Advérbios. Planejamento 45 min Apresentação 15 min

quarta-feira, 9 de março de 2011

Links Infantis On line



1. A Turma da Mônica
Super site com quadrinhos, histórias infantis, músicas, brincadeiras e muito mais. Excelente qualidade gráfica e gande conteúdo.
2. As Verdades Verdadeiras da Alzira Zulmira
Site com contos infantis em texto e real player, jogos, teste de ilusões de ótica, receitas, adivinhações, etc.
3. Contos de Fadas Tradicionais
Vários contos de fadas, tais como Cinderela, Branca de Neve, João e Maria e outros.
4. Historinhas Infantis
Histórias infantis ilustradas. No site existem vários contos infantis muito bem feitos.
5. Júnior
NESTE Site de Portugal, dá pra ler, ver e ouvir as Histórias de Chapeuzinho Vermelho, Os Três Porquinhos, Cinderela, O Gato de Botas, A Carochinha, etc. Todos os contos feitos em Flashwave, são ilustrados e possuem texto escrito e falado. Os livros animados são muito bem feitos e vale uma visita. O carregamento da história demora um pouco mas se a pessoa tiver paciência pode valer a pena.
6. Kadikê
É um site que ajuda a estimular a criatividade, controle motor das crianças, com brincadeiras de imprimir, recortar, colorir e montar, algumas histórias em quadrinhos, links escolhidos a dedo e a história
7. dos Dogmons, simpáticos cãezinhos alienígenas.
8. Livros Eletrônicos Infantis da Editora Leitura
Aqui neste link da Editora Leitura, é possível ler vários livros eletrônicos gratuitos tais como, Cinderela, Aladim, O Contador de Histórias, A Ilha do Tesouro, etc. Todos com texto integral e ilustrados.
9. Livros Infantis do Portal Terra
http://www.sitedeliteratura.com/Infantil/semtexto.htm
 http://www.graudez.com.br/litinf/

Literatura Infantil

Baseado nas informações do artigo de Cristiana Gomes

Há uma constante reclamação por parte dos professores no que se refere ao desinteresse dos alunos pela leitura. Existem vários fatores que contribuem para esse fato, por exemplo, os alunos preferem ler revistas, muitos não tem uma biblioteca em casa, outros preferem cinema, tv e rádio, ou outras atividades tão freqüentes hoje em dia como sair para jogar futebol com os amigos ou jogar videogame.
“Com todas estas atividades, os livros acabam ficando esquecidos ou são usados somente se a pessoa não tiver nenhuma outra atividade em mente, por isso é necessário que pais e professores ofereçam o livro as crianças como fonte de encantamento e prazer.”
A literatura infantil começou no século XVIII. Nessa época a criança começava, efetivamente, a ser vista como criança. Antes, ela participava da vida social adulta, inclusive usufruindo da sua literatura.
As crianças da nobreza liam os grandes clássicos e as mais pobres liam lendas e contos folclóricos (literatura de cordel), muito populares na época.
Como tudo evolui, esse tipo de literatura também evoluiu para atingir ao público infantil: os clássicos sofreram adaptações e os contos folclóricos serviram de inspiração para os contos de fadas.

PRINCIPAIS AUTORES E OBRAS

Perrault: “Chapeuzinho Vermelho”, “A Bela Adormecida”, “O Barba Azul”, “O Gato de Botas”, “Pequeno Polegar”, etc.
Irmãos Grimm: “A gata borralheira” (que de tão famosa recebeu mais de 300 versões pelo mundo afora), “Branca de Neve”, “Os Músicos de Bremen”, “João e Maria”, etc.
Andersen: “O Patinho Feio”
Charles Dickens: “Oliver Twist”, “David Copperfield”
La Fontaine: “O Lobo e o Cordeiro”
Esopo: “A lebre e a tartaruga”, “O lobo e a cegonha”, “O leão apaixonado”

No Brasil a literatura infantil deu os primeiros passos com as obras de Carlos Jansen (“Contos seletos das mil e uma noites”), Figueiredo Pimentel (“Contos da Carochinha”), Coelho Neto, Olavo Bilac e Tales de Andrade.

Porém, o mais importante escritor infantil foi Monteiro Lobato. É com ele que se inicia, de fato, a literatura infantil no Brasil.

MONTEIRO LOBATO

José Bento Monteiro Lobato nasceu em 1882 em São Paulo. Sua obra consiste em contos, ensaios, romances e livros infantis. Além de escritor, Monteiro Lobato foi tradutor. É considerado, juntamente com outros escritores brasileiros, um dos maiores e mais importantes nomes da nossa literatura.

- Principais Obras
“Urupês”
“Cidades Mortas”
“Idéias do Jeca Tatu”
“Negrinha”
“Reinações de Narizinho” (livro que reúne várias histórias infantis)
“Sítio do Pica-pau Amarelo”
“O Minotauro”
Além de Monteiro Lobato, outros escritores como Ziraldo e Ana Maria Machado também se dedicam ao público infantil.

Ziraldo: “O Menino Maluquinho”, “A bonequinha de pano”, “Este mundo é uma bola”, “Uma professora muito maluquinha”.

Ana Maria Machado: “A Grande Aventura de Maria Fumaça”, “A Velhinha Maluquete”, “O Natal de Manuel”.

Apesar de tudo, a literatura infantil sofre alguns preconceitos, pois muitos escritores negam que suas obras são escritas para os pequenos. Isso nos dá a impressão que essa literatura não é tão importante, se esquecem de que se sua obra for boa e tiver conteúdo, ela poderá influenciar crianças de uma forma positiva.

Muitas obras consideradas adultas foram adotadas pelo público infantil (“As aventuras de Robson Crusoé” – de Daniel Defoe, “Viagens de Gulliver” – de Jonathan Swift e “Platero e Eu” – de Juan Ramón Jiménez), assim como muitas obras do público infantil agradam os adultos (“Sitio do Pica-Pau Amarelo”, por exemplo).

Professores, educadores e pais querem criar em seus filhos e alunos o hábito da leitura, porém, muitos adultos não tem esse hábito e usam a falta de tempo e cansaço como uma justificativa para a pouca dedicação aos livros, sem perceber que essa atitude vai tirando o interesse da criança, que no início de sua trajetória de vida via o livro como algo encantador, mágico e cheio de mistério.”

Ao oferecer o livro nos primeiros anos de vida da criança esta formará o hábito da leitura e consequentemente se tornará uma adulto leitor, tendo assim desenvolvido as habilidades e competências necessárias para uma leitura critica e interpretativa, melhorando também a escrita.
Pelas observações que tenho feito como educadora a literatura infantil entra no mundo adulto não através do livro mas através dos filmes produzidos tais como: “Alice no pais das maravilhas”, O filme tal qual o livro traz um aprendizado para a vida .
Conforme diz Sam Shiraishi “descobrimos o desenho animado Os Sete Monstrinhos, que, ao contrário, tem no imaginário e na forma de compreender o mundo – e reagir a ele – um enorme diferencial. Grande ou pequeno, falante ou calado, atleta ou intelectual, cada um dos nossos monstrinhos tem uma coisa em comum: a visão infantil sobre o mundo que o cerca e o desejo natural de fugir para um lugar com menos regras e mais fantasia.
Quando descobri que Onde Vivem os Monstros, filme que está em cartaz nos cinemas brasileiros, é baseado numa obra de Maurice Sendak (o mesmo de Seven Little Monsters), soube que o filme terá isso que tem faltado nos longa metragens para crianças. Pura e simples fantasia, com reflexão, sim, mas sem precisar repetir o mundo adulto para ensinar. Creio que se identificaram com a criança que foge de casa após uma briga com a mãe por não querer comer algo no jantar e ao se ver só, imagina um mundo com monstros de pelúcia no qual ele é o rei e pode criar novas regras à la Peter Pan e os meninos perdidos.Vendo o filme ou lendo o livro, o fato é que, ao nos depararmos com as fantasias infantis e suas dificuldades com as obrigações e regras do mundo adulto, temos a chance de voltar a ser crianças e repensar – se possível coletivamente, com “nossos monstrinhos” – os motivos para termos regras, valores, limites e as dificuldades que os pequenos podem ter em incorporá-las. Tarefa árdua e doce ao mesmo tempo – eu acho – mas tão compensadora que vale o esforço.
Fonte: http://www.samshiraishi.com/os-valores-que-aprendemos-com-os-filmes-e-livros-infantis/

Combinando poesia com dobradura

Combinando poesia com dobradura

Textos para Adolescentes - Tati Bernardi

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato
Monteiro Lobato - Cidadão Escritor Na sua maior parte, a obra de Monteiro Lobato é o resultado da reunião de textos escritos para jornais ou revistas. Comprometido com as grandes causas de seu tempo, o criador do Jeca Tatu engajou-se em campanhas por saúde, defesa do meio-ambiente, reforma agrária e petróleo, entre outros temas que continuam atuais. Ele arrebatava o público com artigos instigantes, que hoje, vistos de longe, constituem um precioso retrato de época, um painel socioeconômico, político e cultural do período. Dono de estilo conciso e vigoroso, com forte dose de ironia, utilizava uma linguagem clara e objetiva, compreensível ao grande público. Lobato revelou o mundo rural, então ignorado pelos escritores de gabinete que ele tanto criticava. “A nossa literatura é fabricada nas cidades”, dizia, “por sujeitos que não penetram nos campos de medo dos carrapatos”.

Vamos pular. O Pulo do Tigrão

Uso dos Porquês

Uso dos Porquês
Esta história em quadrinhos foi construida no recuros HagáQuê

Histórias Coletivas - Estas histórias são construídas a partir da dinâmica de cinco autores

Amigos de Infância

Arcangelo Jorge Righez


Antônio era um menino muito travesso e inteligente. Era alto, magro e muito conversador. Gostava de trabalhar e usava sua inteligência para ajudar os colegas na escola. A outra virtude que ele tinha era brincar e jogar futebol, com seu amigo João.

Quando no início da fase escolar, se conheceram e começaram a conversar e trocar idéias de como compartilhar as atividades escolares e sem esquecer do tempo de jogar futebol.

No decorrer de seus estudos, Antonio teve a triste notícia que João iria mudar-se para outra cidade. O menino alegre tornou-se triste, não falava mais, pois perdeu uma grande amizade.

Com o Antonio percebeu que nunca estamos sós no mundo e cada um tem um caminho a seguir, por isso tratou logo de buscar outro amigo e sabia que família não se escolhe, mas amigos temos a obrigação de escolher, para que se possa ter uma vida com futuro promissor.

Antônio encontrou outros colegas que como ele gostavam de jogar futebol, tocar instrumentos musicais e fazer jogos e festinhas na casa dos pais.

Moral da História: Os bons devem se unir, para viver melhor e mais felizes.

CASA ARRUMADA

">Carlos Drummond de Andrade(1902-1987)

Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.

Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...

Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:

Aqui tem vida...

Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras

e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições

fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?

Tapete sem fio puxado?

Mesa sem marca de copo?

Tá na cara que é casa sem festa.

E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.

Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,

passaporte e vela de aniversário, tudo junto...

Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos...

Netos, pros vizinhos...

E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca

ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...

Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...

E reconhecer nela o seu lugar.

Os clássicos da literatura infantil brasileira