segunda-feira, 8 de agosto de 2011

O Patinho feio.



Em uma granja uma pata teve quatro patinhos muito lindos. Porém, quando nasceu o último, a patinha exclamou espantada:
- Que pato tão grande e tão feio!
No dia seguinte, de manhãzinha, dona Pata levou a ninhada para perto do riacho.
Mas os patos maiores estavam achando aquele patinho muito feio. Não parece pato não! - Dizia uma galinha carijó. O galo então, estava muito admirado do tal patinho.
- Tomem cuidado com o gatão preto. Não se afastem muito de mim, dizia a Mãe Pata.
Chegaram à lagoa e logo dona pata e os pequenos entraram na água.
Mamãe estava orgulhosa. Mas o patinho feio era desajeitado, como ele só. Não conseguia nadar.
Afundava a todo momento.
Teve que sair para fora da água. E foi só gozação dos demais. Dona pata ainda ensinou-os a procurar minhocas e a dividi-las com os irmãos.
Os irmãos tinham vergonha dele e gritavam-lhe:
- Vá embora porque é por tua causa que todos estão olhando para nós! Não sei porque o gatão preto, não leva você para sempre?
- O pobre patinho ficava sempre isolado dos demais. Os patos mais velhos, judiavam do pobrezinho dando-lhe bicadas.
Todos os seus irmãos eram amarelinhos e pequeninos, e ele era feio, grandão e desengonçado. De tão rejeitado por ser diferente, resolveu fugir.
Afastou-se tanto que deu por si na outra margem.
- De repente, ouviram-se uns tiros. O Patinho Feio observou como um bando de gansos se lançava em vôo. O cão dos caçadores perseguia-os furioso.
Conseguiu escapar do cão mas não tinha para onde ir. Porém, não deixava de caminhar.
Foi andando... foi andando... sem destino, com o coração cheio de dor e lágrimas nos olhos.
Chegou a um riacho onde estavam patos selvagens. Cumprimentou-os como aprendera com sua Mãe. Mas eles logo foram dizendo:

_Não queremos intrusos aqui. Vá andando e não se faça de engraçado, pato feio.
Pobre patinho, só queria um lugar no mundo para descansar, comer algumas minhocas e nada mais.
Finalmente, o inverno chegou. Os animais do bosque olhavam para ele cheios de pena.
- Onde irá o Patinho Feio com este frio? - Não parava de nevar. Escondeu-se debaixo de uns troncos e foi ali que uma velhinha com um cãozinho o encontrou.
- Pobrezinho! Tão feio e tão magrinho! E levou-o para casa.
Lá em casa, trataram muito bem dele. Todos, menos um gatinho cheio de ciumes, que pensava: "Desde que este patucho está aqui, ninguém me liga".

Com o tempo a velha cansou-se dele, porque não servia para nada: não punha ovos e além disso comia muito, porque estava a ficar muito grande.
O gato então aproveitou a ocasião.
-Vá embora! Não serves para nada!
E o patinho foi embora. Chegou a um lago em que passeavam quatro belos cisnes que olhavam para ele.
O Patinho Feio pensou que o iriam enxotar. Muito assustado, ia esconder a cabeça entre as asas quando, ao ver-se refletido na água, viu, nada mais nada menos, do que um belo cisne que não era outro senão ele próprio, tão grande e tão belo, como os que vinham ao seu encontro.
Os companheiros o acolheram e acariciavam-no com o bico. O seu coraçãozinho não cabia mais dentro do peito.
Nunca imaginara tanta felicidade.

Os cisnes começaram a voar e o Patinho Feio foi atrás deles.
Quando passou por cima da sua antiga granja, os patinhos, seus irmãos, olharam para eles e exclamaram:
- Que cisnes tão lindos!
Assim termina a nossa história. O patinho feio sofreu muito até que um belo dia cresceu e descobriu a verdade sobre si próprio: ele não era um pato feio e diferente dos outros, era na verdade um lindo cisne. Desde então, todos passaram a admirá-lo e a se curvar diante de sua beleza.

domingo, 7 de agosto de 2011

Projeto de Pesquisa de INÊS TERESINHA ZENI



A IMPORTÂNCIA DA LITERATURA NA EDUCAÇÃO INFANTIL

INÊS TERESINHA ZENI

1 TEMA E TITULO DO PROJETO

A importância da Literatura na educação Infantil.

2 DELIMITAÇÃO DO TEMA

A mágica que a literatura infantil oferece às crianças faz com que a infância se torne mais bela, por isso contar histórias deve ser uma pratica diária na família e na escola.

Ao trabalhar com histórias espera-se que as crianças desenvolvam capacidades pessoais que são consideradas fundamentais para estimular a sua criatividade. Entre essas capacidades consideradas básicas, o domínio da linguagem tem um lugar relevante.

Saber falar, escutar escrever e ler todo tipo de textos constitui um meio poderoso para desenvolver capacidades básicas que um sujeito necessita para desenvolver e conviver em sociedade.

Com a finalidade de alcançar uma aprendizagem significativa para as crianças, pensei em trabalhar com leitura de imagens com cartazes, propagandas, folhetos, histórias, livros, poesias...

Sendo assim, faz-se necessário esta pesquisa, uma vez que é desnecessário falar da importância e do papel que a imagem vem assumindo no ensino contemporâneo. Após década, a imagem retorna para ocupar um lugar central na aprendizagem das crianças.

3 PROBLEMA

A educação apresenta um quadro de evolução nos últimos tempos e isso se deve a novas formas de ensinar. Para que se possa presenciar mudanças mais significativas é preciso investir em uma pratica simples porem concreta.

Essa pratica é a leitura de imagens desde os primeiros anos de vida da criança que olha e vê antes de falar. É a era visual, da cultura do olhar.

As imagens estão por toda a parte, desde cedo a criança aprende a interagir com elas e antes mesmo de ser alfabetizada já faz a leitura de imagem. Isso mostra o quão importante é trabalhar com a leitura desde cedo.

A leitura de imagem possibilita a criança a refletir. É preciso que a criança aprenda a ler cada imagem e busque seu significado. Refletindo sobre esta questão a pesquisa tem como problema o seguinte: A leitura de imagens na educação infantil, trará benefícios a aprendizagem da criança?

4 JUSTIFICATIVA

O livro, antes de ser um texto escrito, é um objeto com características próprias, que possibilitam a criança uma leitura através dos sentidos. As imagens funcionam para as crianças como pistas para a recontagem de histórias, possibilitando o desenvolvimento da narrativa e da fala letrada.

Somente quem conhece a importância da literatura na vida de uma pessoa, quem sabe o poder que tem uma história bem contada, quem sabe os benefícios que uma simples história pode proporcionar, haverá de dizer que não há tecnologia no mundo que substitua o prazer de tocar as páginas de um livro e encontrar nelas um mundo repleto de encantamento. Quanto mais cedo a criança tiver contato com os livros e perceber o prazer que a leitura produz, seja ela escrita ou com figuras, maior será a probabilidade de ela tornar-se um leitor assíduo.

Da mesma forma, através da leitura a criança adquire uma postura crítico-reflexiva, extremamente relevante à sua formação cognitiva aprimorando a sua capacidade de imaginação. Ouvir histórias é um acontecimento tão prazeroso que desperta o interesse das pessoas em todas as idades. A Literatura Infantil então, deve fazer parte da rotina das crianças, tanto na escola quanto em casa, uma vez que, por meio da leitura podemos levar nossas crianças para qualquer lugar, mágico ou real, pois na relação imagem-leitor, a criança sente-se autorizada a dar um significado naquilo que vê.

5 OBJETIVOS

5.1 Objetivo Geral

Vivenciar a magia das histórias infantis, compreendendo o significado/mensagem que as histórias querem nós contar/mostrar através da contação de história e leitura de imagens.

5.2 Objetivos Específicos

Oportunizar momentos lúdicos onde a criança possa desenvolver a imaginação e a criatividade, despertando o gosto pela literatura.

Incentivar o uso da linguagem verbal e não verbal.

Desenvolver no aluno a capacidade de formar seus conceitos.

6 REVISÃO DA LITERATURA

Literatura Infantil é arte; fenômeno de criatividade que representa o mundo, o homem, a vida, através da palavra. É uma linguagem específica que, como toda a linguagem, expressa uma determinada experiência compreendida de modos diferentes. Desde as origens, a literatura aparece ligada à função de: atuar sobre as mentes, onde se decidem as vontades ou as ações, paixões, desejos, sentimentos de toda ordem... Nesse encontro, os homens têm a oportunidade de ampliar, transformar ou enriquecer sua própria experiência de vida, em um grau de intensidade não igualada por nenhuma outra atividade.

A idéia de “Literatura Infantil” até bem pouco tempo era de belos, livros coloridos destinados à distração e prazer das crianças em lê-los, folhá-los ou ouvir suas histórias contadas por alguém. Como era ligada à diversão ou ao aprendizado das crianças, obviamente sua matéria deveria ser adequada a este nível, mas como a criança era vista como um “adulto em miniatura”, os primeiros textos infantis resultaram na adaptação de textos escritos para adultos.

A valorização da literatura Infantil, como fenômeno significativo e de amplo alcance na formação de mentes infantis e juvenis, bem como dentro da vida cultural das Sociedades, é conquista recente. Ela veio influenciar inúmeras áreas de nossa sociedade e permitiu a revisão de muitos conceitos, inclusive os sobre artes.

A literatura não pode mais ser considerada apenas como uma arte fechada em si mesma, ela deve provocar um diálogo com o leitor, para estimular a participação de seu público. Trata-se quase de uma sedução em que o texto deve continuamente atrair para novas leituras.

Dessa forma, a Literatura ocupou um espaço maior que o inicial, uma vez que se oferece em linguagem capaz de seduzir a criança e os adultos, mesmo os que não tem familiaridade com a leitura.

Um dos mais constantes impasses citados para superação de obstáculos à leitura é justamente o de interpretação. Como a Literatura é considerada um dos recursos capazes de nos levar à reflexão sobre os conflitos sociais e psicológicos do homem, o namoro entre o texto e o leitor precisa ser despertado desde a mais tenra infância, com a ajuda de todos os meios, dentro e fora da escola. Sendo a questão literária hoje, estritamente ligada ao sistema educacional, não se pode pensar em disseminá-la sem passar pela sala de aula.

A prática pedagógica não se renova apenas na reformação de técnica de ensino ou na mudança de currículo, mas com uma nova visão de papel político a ser desempenhado pela educação. E é com essa visão que a Literatura pode ser utilizada como instrumento para a sensibilização da consciência, para a expansão da capacidade e interesse de analisar o mundo, lidar com a ciência, a cultura e o processo de trabalho, uma vez que se trata de um discurso que fala da vida.

A escola, pouco a pouco, está tomando consciência da importância da literatura e buscando metodologias adequadas. Contudo, fica ainda um grande espaço vazio, que é aquele que se projeta para fora de casa.

Sabemos que a educação realizada na escola só será eficaz se continuar seu processo além deste período obrigatório de estudo.

Tomando a leitura um valor básico para o dia-a-dia de todas as pessoas.

“A leitura, na nossa sociedade, é uma condição para dar voz ao cidadão, e mais, é preciso prepará-lo para tornar-se sujeito no ato de ler, como preconiza Paulo Freire: o livro deve levar a uma leitura/ interpretação da vida que ajude o indivíduo na transformação de si mesmo e do mundo”.

(Yunes, 1989, p.34)

O livro, hoje, deve ser produzido de modo a desafiar todas as situações do leitor, convidando-o a ler outros mais.

A Literatura assume o papel de contribuir para a formação do pensamento crítico e atua como instrumento de reflexão facilitando a capacidade de interpretação do leitor, pois interpretação nada mais é do que exercício do próprio pensamento em torno de um pensamento alheio.

No caso da Literatura para crianças, o pacto entre o autor e o leitor tornou-se mais forte, porque exige da parte de quem escreve uma circunscrição de limites: em termos de vocabulários, organização e seleção, e até mesmo no diálogo com o leitor. Pois, a leitura para criança, é um modo de representação do real, ajudando-a a re-elaborar o real, sob a forma de jogo e de ficção. Sabemos que os papéis propostos pelos personagens nas histórias são vividos pela imaginação infantil com a força de um drama real.

A Literatura é a porta de um mundo autônomo que ultrapassa a última página do livro e permanece no leitor incorporado como vivência. Esse mundo se torna possível graças ao trabalho que o autor faz com a linguagem.

Conforme Coelho (2000, p. 26):

“A criança através da Literatura Infantil entra no texto e viaja no mundo da fantasia e do questionamento. Nesse sentido, a leitura pode ser vista, vivida, sentida, falada, ouvida e contada”.

Sabemos que é através da leitura que o educando ampliará sua visão de mundo e suas interpretações da história, seja na leitura de palavras ou leitura de imagens. A palavra evoca algo que está ausente; a imagem é (já) presença, aqui e agora, pois nem tudo que lemos está escrito. Podemos ler mapas, diagramas, relógios, raios-X, notas musicais, passos de danças, o rosto das pessoas, etc. Ao ler uma imagem, fazemos perguntas a ela, mesmo quando não sabemos que a estamos interpretando. Dialogamos, implicitamente com ela, buscando compreendê-la. A imagem estabelece relações com as “coisas”, com a mente do “produtor” e com a mente do “leitor”.

Tais elementos formam uma “rede de relações de intencionalidades”, que tem a imagem como o centro das relações com o mundo, com o artista e com o leitor.

A função e a importância do uso de imagens na educação começaram a mudar, na prática escolar, durante a década de 80, quando iniciou no Brasil um movimento questionador da educação artística como disciplina escolar. Através da ampliação das discussões sobre as relações entre artes, educação e sociedade, buscava-se a melhoria da qualidade do ensino de arte.

No entanto, muitos anos se passaram para que a imagem ocupasse um lugar de importância no ensino. Com a aprovação da Lei de Diretrizes e Bases n° 9394/96 e com a divulgação dos Parâmetros Curriculares Nacionais em arte, os professores depararam-se com um enfoque coincidente com as discussões atuais. Hoje, essa disciplina é considerada como um conhecimento que envolve a experiência de refletir sobre a arte como objeto de conhecimento.

Quanto mais nova é a criança, menor é a possibilidade de isolar o julgamento de sua percepção imediata, durante a leitura. Para ela as coisas são feias ou belas por sua natureza, e não porque alguém as julga como tal. A visão passiva do leitor, portanto, se dá nas duas instâncias: na interpretação e no julgamento estético.

Os critérios mais usados pelas crianças são: a cor, o tema, e a expressividade da obra. Com menor frequencia aparece também a criatividade do artista.

O critério da cor no julgamento estético é o primeiro que aparece, quando a criança é pequena. Para ela uma imagem é boa se tiver sua cor preferida. Não importando a função desta cor numa imagem.

A criança na educação infantil, não se importa se o que ela descreve está, objetivamente, presente na imagem ou não. Devido ao egocentrismo ela não distingue os elementos objetivos dos subjetivos e pensa que todos vêem o que ela vê, ao mesmo tempo em que não imagina o que os outros vêem, ao olhar a mesma imagem que ela olha.

No seu julgamento o critério mais usado é o da natureza moral do tema. Se o tema é bom, a imagem é boa, como as que mostram pessoas alegres, pessoas brincando, cavalos, bichos, parques... A imagem é ruim quando representa, por exemplo, menino sujo, menina triste, pessoa pobre, enfim, uma cena triste. O importante é que a imagem tenha conseguido expressar uma emoção ou uma idéia, seja triste ou alegre, boa ou ruim.

A familiaridade com a arte promove uma maior complexidade do pensamento, e a criança pode julgar a imagem pelo sentido do tema e não apenas pelo que está fisicamente presente, conseguindo relacionar os vários elementos que compõe uma imagem comparando-a com o seu equivalente do mundo.

O professor atento às idéias das crianças saberá quando e como enriquecer as suas leituras e contribuir para que a leitura de imagens possa cumprir a função de enriquecimento da vida e não apenas de fornecedora de informações.

Hoje vivemos na chamada “civilização da imagem”. É a era da visualidade, da cultura visual. Há imagem por toda a parte. E, com a entrada da tecnologia na produção das imagens, modificaram-se as bases do conhecimento humano. As crianças desde cedo, aprendem a interagir com imagens.

Temos que lastimar que mentes ricas em possibilidades estejam sendo prejudicadas por não terem oportunidades de refletir sobre o que as imagens podem nos transmitir.

A leitura de imagens na educação infantil, trará benefícios à aprendizagem, enriquecendo a vida de nossas crianças.

Portanto, a Literatura é a porta de um mundo autônomo que ultrapassa a última página de um livro e permanece no leitor incorporado como vivência. Esse mundo se torna possível graças ao trabalho que o autor faz com a linguagem.

7 METODOLOGIA

Com a finalidade de tornar a aprendizagem mais significativa para as crianças, pensei em priorizar o trabalho com a leitura de imagens.

Para confirmar os benefícios que a leitura traz à aprendizagem das crianças será utilizada a pesquisa bibliográfica, sendo usada como suporte à leitura de e textos, polígrafos, livros especializados no assunto.

Ainda, serão utilizados alguns artigos da Internet, a fim de aprofundar os referenciais teóricos, bem como, ter um maior conhecimento e argumentos para o desenvolvimento de tal projeto.

9 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS

POLÍGRAFO – A natureza da Literatura infantil – Disciplina Literatura Infantil.

YUNES, Eliana. Leitura e leituras da literatura infantil. São Paulo: FTD, 1989.

ROSSI, Maria Helena Wagner. Imagens que falam: leitura da arte na escola. Porto Alegre: Mediação, 2003.

Projeto de Pesquisa: A Literatura Infantil no desenvolvimento da leitura, em <http://www.slideshare.net/amandinhaff/projeto-de-pesquisa-a-literatura-infantil-no-desenvolvimento-da-leitura> Acesso em 11 dez. 2010.

Projeto: Viagem pelo mundo encantado da Literatura infantil, em <http://www.slideshare.net/escolinhabn/projeto-de-literatura-infantil-da-branca-de-neve> Acesso em 11 dez. 2010.


Combinando poesia com dobradura

Combinando poesia com dobradura

Textos para Adolescentes - Tati Bernardi

Monteiro Lobato

Monteiro Lobato
Monteiro Lobato - Cidadão Escritor Na sua maior parte, a obra de Monteiro Lobato é o resultado da reunião de textos escritos para jornais ou revistas. Comprometido com as grandes causas de seu tempo, o criador do Jeca Tatu engajou-se em campanhas por saúde, defesa do meio-ambiente, reforma agrária e petróleo, entre outros temas que continuam atuais. Ele arrebatava o público com artigos instigantes, que hoje, vistos de longe, constituem um precioso retrato de época, um painel socioeconômico, político e cultural do período. Dono de estilo conciso e vigoroso, com forte dose de ironia, utilizava uma linguagem clara e objetiva, compreensível ao grande público. Lobato revelou o mundo rural, então ignorado pelos escritores de gabinete que ele tanto criticava. “A nossa literatura é fabricada nas cidades”, dizia, “por sujeitos que não penetram nos campos de medo dos carrapatos”.

Vamos pular. O Pulo do Tigrão

Uso dos Porquês

Uso dos Porquês
Esta história em quadrinhos foi construida no recuros HagáQuê

Histórias Coletivas - Estas histórias são construídas a partir da dinâmica de cinco autores

Amigos de Infância

Arcangelo Jorge Righez


Antônio era um menino muito travesso e inteligente. Era alto, magro e muito conversador. Gostava de trabalhar e usava sua inteligência para ajudar os colegas na escola. A outra virtude que ele tinha era brincar e jogar futebol, com seu amigo João.

Quando no início da fase escolar, se conheceram e começaram a conversar e trocar idéias de como compartilhar as atividades escolares e sem esquecer do tempo de jogar futebol.

No decorrer de seus estudos, Antonio teve a triste notícia que João iria mudar-se para outra cidade. O menino alegre tornou-se triste, não falava mais, pois perdeu uma grande amizade.

Com o Antonio percebeu que nunca estamos sós no mundo e cada um tem um caminho a seguir, por isso tratou logo de buscar outro amigo e sabia que família não se escolhe, mas amigos temos a obrigação de escolher, para que se possa ter uma vida com futuro promissor.

Antônio encontrou outros colegas que como ele gostavam de jogar futebol, tocar instrumentos musicais e fazer jogos e festinhas na casa dos pais.

Moral da História: Os bons devem se unir, para viver melhor e mais felizes.

CASA ARRUMADA

">Carlos Drummond de Andrade(1902-1987)

Casa arrumada é assim:

Um lugar organizado, limpo, com espaço livre pra circulação e uma boa entrada de luz.

Mas casa, pra mim, tem que ser casa e não um centro cirúrgico, um cenário de novela.

Tem gente que gasta muito tempo limpando, esterilizando, ajeitando os móveis, afofando as almofadas...

Não, eu prefiro viver numa casa onde eu bato o olho e percebo logo:

Aqui tem vida...

Casa com vida, pra mim, é aquela em que os livros saem das prateleiras

e os enfeites brincam de trocar de lugar.

Casa com vida tem fogão gasto pelo uso, pelo abuso das refeições

fartas, que chamam todo mundo pra mesa da cozinha.

Sofá sem mancha?

Tapete sem fio puxado?

Mesa sem marca de copo?

Tá na cara que é casa sem festa.

E se o piso não tem arranhão, é porque ali ninguém dança.

Casa com vida, pra mim, tem banheiro com vapor perfumado no meio da tarde.

Tem gaveta de entulho, daquelas que a gente guarda barbante,

passaporte e vela de aniversário, tudo junto...

Casa com vida é aquela em que a gente entra e se sente bem-vinda.

A que está sempre pronta pros amigos, filhos...

Netos, pros vizinhos...

E nos quartos, se possível, tem lençóis revirados por gente que brinca

ou namora a qualquer hora do dia.

Casa com vida é aquela que a gente arruma pra ficar com a cara da gente.

Arrume a sua casa todos os dias...

Mas arrume de um jeito que lhe sobre tempo pra viver nela...

E reconhecer nela o seu lugar.

Os clássicos da literatura infantil brasileira